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Por que os sintomas de adoecimento mental afetam tanto o intestino e vice-versa?

Atualizado: 14 de set.

Por Sassá Tupinambá


Neurônio
Neurônio

Nos últimos anos, cada vez mais estudos têm confirmado aquilo que as tradições ancestrais já sabiam: a mente e o intestino estão profundamente conectados. Quando alguém passa por um quadro de ansiedade, depressão ou mesmo estresse intenso, é comum sentir no corpo manifestações muito concretas, especialmente no sistema digestivo. Dor abdominal, diarreia, constipação, azia e cólicas podem ser tão marcantes quanto os próprios sintomas emocionais. Mas por que isso acontece?

 

 

O eixo intestino-cérebro: o “segundo cérebro”

 

A resposta está no chamado eixo intestino-cérebro, uma via de comunicação que liga o sistema nervoso central ao sistema nervoso entérico — os milhões de neurônios presentes nas paredes do trato gastrointestinal. Esse sistema é tão sofisticado que muitos cientistas chamam o intestino de “segundo cérebro”.

 

O mensageiro principal desse diálogo é o nervo vago, que transporta informações em duas direções: o que acontece na mente repercute no intestino, e o que acontece no intestino influencia a mente.

 

 

Microbiota e neurotransmissores

 

Um dos elementos centrais desse equilíbrio é a microbiota intestinal, composta por trilhões de microrganismos que produzem substâncias ativas para o corpo.

 

● Mais de 90% da serotonina, neurotransmissor ligado ao bem-estar, é produzida no intestino.

● Alterações na microbiota — como ocorre em situações de estresse crônico, dietas pobres em fibras ou uso excessivo de antibióticos — podem impactar diretamente o humor.

 

Quando há desequilíbrio, surgem sintomas como ansiedade, tristeza e maior predisposição a quadros depressivos.

 

 

Hormônios do estresse e impacto digestivo

 

As situações de ameaça ou tensão fazem o corpo liberar adrenalina e cortisol. Esses hormônios têm efeito imediato sobre o intestino:

 

Aceleram os movimentos peristálticos (causando diarreia).

 

Travaram o trânsito intestinal (gerando constipação).

 

Aumentam a sensibilidade à dor, explicando cólicas e desconfortos frequentes.

 

 

 

Saberes tradicionais: o ventre como morada das emoções

 

As tradições de cuidado de diferentes povos tradicionais pelo mundo sempre perceberam essa ligação:

 

Povos indígenas de Abya Yala: o ventre é morada da energia vital e das emoções; a raiva, a tristeza ou o medo prolongado podem adoecer estômago e intestino.

 

Medicina Chinesa: cada emoção corresponde a um órgão; a preocupação excessiva afeta diretamente baço e estômago.

 

Ayurveda: o equilíbrio do agni (fogo digestivo) é essencial para a saúde do corpo e da mente.

 

 

 

Caminhos de cuidado integral

 

Diante dessa conexão, o cuidado precisa ser integral. Não basta tratar apenas os sintomas psicológicos, nem apenas os gastrointestinais. É preciso olhar para o ser humano como um todo. Algumas práticas que ajudam nesse equilíbrio:

 

Respiração e meditação

 

Caminhadas na natureza

 

Alimentação rica em fibras e probióticos

 

Uso consciente de plantas medicinais

 

Terapias corporais e práticas espirituais

 

Acompanhamento psicológico ou psiquiátrico, quando necessário

 

 

 Cuidar da saúde mental também é cuidar do intestino. E cuidar do intestino é cuidar da mente. Quando compreendemos essa unidade, abrimos caminho para um modelo de saúde que não separa corpo, espírito e emoção, mas os entende como uma única trama viva — tal como os povos originários sempre nos ensinaram.

 

Nós, da Aondê Natural, estamos à disposição para tirar dúvidas ou oferecer orientação terapêutica, integrando técnicas das medicinas tradicionais e da Naturopatia, para apoiar

quem busca equilíbrio e bem-estar de forma integral. Conheça nossos serviços no neste link ou no botão abaixo:











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